data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Arquivo Pessoal
A dona de casa Iolanda Vargas, 65 anos, nasceu na localidade de Ferreira, em Pinhal Grande, ainda distrito de Júlio de Castilhos. Filha de Alcebiades Soares de Freitas e Alcinda Freitas, ela teve quatro irmãos: Neuza Maria, Marlete, Lourivan e Carlos Valdez Freitas.
Ainda jovem, ela se mudou com a família para Santa Maria, residindo no Bairro Itararé, em função de o pai trabalhar na rede ferroviária da cidade.
A castilhense foi casada com o ferroviário Valdomiro José de Vargas, 90 anos, com quem morou no Bairro Campestre do Menino Deus. Desta união, tiveram quatro filhos: Vera Lucia, Rosita Marluza, Liovane e Jordinei, sete netos e três bisnetos.
Espíritas fervorosos, Iolanda e Valdomiro adentraram à religião na Sociedade Espírita Antônio Victor Menna Barreto. Tempos depois, o casal fundou o Centro Espírita Missionários da Luz.
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Desde então, a dona de casa trabalhou voluntariamente nas obras espíritas, com alegria e dedicação, conforme Vera Lucia:
- Lá, ela ajudava pessoas depressivas e quem chegava com dificuldades pessoais, conversando, oferecendo conselhos, carinho e afeto.
Iolanda fundou, no centro espírita, um grupo de confecção de acolchoados destinados para doação.
- O que ela tinha de mais lindo era o amor pelo meu pai, com quem sempre declarou ser a mulher mais feliz do mundo - diz a filha.
A castilhense adorava reunir a família, gostava de música e de frequentar bailes, ainda segundo Vera Lucia:
- A mãe era a nossa alegria.
Para a neta Fernanda Caurio, ficam as lembranças da avó carinhosa, que cuidava dos netos e era bem informada, não deixando faltar assuntos para as rodas de conversa.
Era uma cozinheira e costureira de mão cheia, amava a casa repleta de folhagens e bem organizada, de acordo com a neta:
- Eu levava a minha filha, Júlia, todos os dias para visitar a bisavó, que ficava muito contente.
Conforme Fernanda, a matriarca, aconselhadora, era direta com seus descendentes:
- Para mim, ficam ensinamentos como o amor à família, que é sagrada, na qual ninguém pode interferir e com quem não se pode discutir em vão. Também, que precisamos ouvir os pais, cuidar dos avós e termos fé.
Iolanda Vargas morreu em 29 de fevereiro, enquanto dormia, devido a causas naturais. Ela foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Chácara das Flores, em Santa Maria.